29 maio, 2005

Uma luz no fim do túnel.

Depois de longos dias de lamentações sobre dinheiro jogado fora, finalmente uma boa noticia:

Los Hermanos no Yamada Tim Festival II (aka Fest Rock Pará).
Para quem duvida do milagre é só olhar aqui, o rapaz com a barba de Matusalém é a nona figurinha verde presente na página.
Agora é só torcer para que o Cidade Negra e a Tribo de Jah desistam!

10 maio, 2005

80´s Revival Non Stop

Parece que está longe de acabar este Revival dos anos 80, ótimo pra alguns, péssimo pra outros.

Pra quem curte o MSN botou alguns clássicos bem aqui.

Pena que só dá pra ouvir trechos... ou comprar pela bagatela de $ 0,99.
Então é só clicar, relembrar e, se valer a pena, baixar no Kaaza ou similares.

09 maio, 2005

Mais "Igual A Tudo Na Vida"

Reli o texto que postei aqui ontem e percebi que falei o quanto era bom, falei do Woody Allen, mas esqueci de falar um pouco mais sobre a história.

Então lá vai:

Jerry Falk (Jason Biggs) é um escritor de comédias, que apesar de estar na casa dos 20 anos, já foi casado e se divorciou. Agora ele mora com a namorada Amanda (Cristina Ricci) que logo no inicio se mostra completamente neurótica, mas segundo Jerry é um doce de pessoa. Com o desenrolar da história vemos Jerry metido nas mais diversas confusões familiares, que também incluem a sua sogra que, como a filha, não bate muito bem da cabeça.

Para tentar se manter são e procurar por respostas, Jerry freqüenta um psicólogo que o deixa mais frustrado ainda, não o ajuda em nada e se mantém calado e distante na maior parte da consulta. Até esse ponto o espectador acredita que a única solução para Jerry é o suicídio, isso porque ainda não foi mostrado que ele tem um empresário (Danny Devito) que é totalmente desacreditado no mercado profissional, quase não arranja contratos e dos poucos que consegue leva 25% do lucro.

Nesse meio termo Jerry conhece outro escritor, talvez o mais maluco de todos os personagens que já apareceram até aqui, David Dobel (Woody Allen). Dobel é extremamente paranóico e verborrágico, a cada cinco minutos de conversa solta uma palavra totalmente desconhecida, o que impressiona Jerry, que com o passar do tempo passa a ver uma certa razão no discurso inflamado e ensandecido do velho escritor.

Igual A Tudo Na Vida” – originalmente “Anything Else” - é um desses filmes de titulo simples, mas com história complicada que vai se resolvendo aos poucos. Não tem grandes pretensões de passar uma lição de moral, mas ensina muito a quem presta atenção nos pequenos detalhes.

Igual A Tudo Na Vida


“Só porque eu o repilo sexualmente não quer dizer que eu não lhe ame”

Acabei de ver este, que acredito que seja o trabalho mais recente de Woody Allen, sei que meu gosto cinematográfico não bate com o de muita gente, mas eu o recomendo pra qualquer pessoa que curta um bom filme. “Igual A Tudo Na Vida”, consegue seguir o mesmo padrão da maioria dos filmes do Woody Allen, mas com um diferencial: Não tem a cara dos filmes do Woody Allen, por mais paradoxal e absurdo que possa parecer.



Jason Biggs interpreta Jerry Falk, um escritor que é quase um loser que não consegue se separar das pessoas, sejam elas sua namorada, um psicólogo que não dá a mínima pra ele ou seu agente que não consegue bons contratos. Uma tendência em todos os filmes realmente bons que tenho assistido ultimamente, é que os grandes astros na verdade são os diálogos, e nesse “Igual A Tudo Na Vida” não é diferente, o personagem de Jason Biggs trava batalhas verbais memoráveis com o de Woody Allen (David Dobel, outro escritor, com idéias completamente loucas, que de um modo mais louco ainda, conseguem fazer sentido) e com o de Cristina Ricci (Amanda, namorada de Jerry).



Confesso que não sou um grande fã dos filmes do Woody Allen, a maioria de seus filmes que assisti não me fedem nem cheiram, detestei “Celebridades” e até achei engraçadinho um, que não me recordo o nome, cuja história gira em torno de uma loja de biscoitos que serve de fachada para um grande roubo, e que no final acaba dando mais dinheiro que o próprio golpe. Mas “Igual A Tudo Na Vida” conseguiu superar minhas expectativas, Jason Biggs mostra que é bem mais do que o adolescente bobão de “American Pie”, Cristina Ricci está espetacular, Danny Devito, como sempre, não decepciona e Woody Allen é perfeito no papel de sessentão neurótico e com mania de perseguição. E o melhor de tudo: no final nenhum espertinho vai ter o prazer de dizer “eu já sabia”.

03 maio, 2005

Lei de Incentivo ao Banho

Gostou? É Essência de Chorume Nº 5.

Quando o Brasil se tornar um país sério, e eu ocupar a posição de autoridade suprema, será instituída a Lei de Incentivo ao Banho. Basicamente essa lei anulará socialmente o individuo que acha bonito sair de casa fedendo e perturbar com o seu futum os outros que têm a preocupação em manter a higiene. Para melhor entendimento da lei daqui em diante entenda-se IH como Individuo Higiênico e IF como Individuo Fedorento.

Existirão as Filas Pra Quem Toma Banho, que funcionará praticamente igual como é vista nos dias de hoje, mas será restrita ao usuário qualificado como IH, e as Filas Pra Quem Não Toma Banho, nas quais o usuário terá que suportar além do seu, o mal-cheiro dos outros IF´s também. Enquanto a Fila de Quem Toma Banho flui com rapidez e normalidade a Fila de Quem Não Toma Banho demorará horas para andar, pois no seu guichê de atendimento sempre estará de plantão o funcionário mais preguiçoso, que mais faz pausas pro cafézinho, conversa fiada no telefone e nunca sabe mexer direito no computador, que aliás vai travar a cada cinco minutos.

Também serão instaladas as magníficas Salas de Cinema Pra Quem Toma Banho, que exalarão um suave perfume de flores do campo, das quais o IF deve manter uma distancia mínima de 100 metros, e as Salas de Cinema Pra Quem Não Toma Banho, onde o IF poderá compartilhar momentos felizes com seus semelhantes, assistindo aos melhores filmes produzidos na Sérvia, Paquistão e Suriname. Pagando apenas o dobro da quantia que o IH pagará nas Salas de Cinema Pra Quem Toma Banho.

Funcionários do governo fiscalizando a população.
Acredita-se que o IH será mais beneficiado pela Lei de Incentivo Ao Banho no campo dos transportes aéreos. Os aviões direcionados ao publico IH serão sempre os “top de linha” das companhias, com todo o conforto que lhes é de direito: poltronas reclináveis, televisores e telões de última geração, sistema de som, buffet de pratos variados e a equipe mais bem treinada para a satisfação do cliente. Já para o IF serão reservados os melhores modelos de aviões produzidos na década de 50, que infelizmente não poderão contar com um atendimento cinco estrelas, visto que os profissionais mais gabaritados estarão trabalhando nas Companhias de Aviação Pra quem Toma Banho. Apesar disso não são previstos maiores transtornos, afinal quem não gostaria de passar horas agradáveis sendo atendido por aeromoças com halitose crônica, se fartando das melhores refeições feitas da mais saudável soja e além de tudo, estar contribuindo para o aprendizado de pilotos com pouca ou nenhuma experiência de vôo?

E não vai parar por ai, também serão feitos para o IH e o IF: ambientes separados em restaurantes, salas de espera em consultórios médicos e odontológicos, elevadores, escadas rolantes, Shopping Centers e muito mais.

Falando sério, se essa lei não passar é por que nenhum dos deputados e senadores tiveram a massacrante experiência de ficar duas horas do lado de um fedorento que conseguiu empestear o cinema inteiro ou 20 longos minutos na fila do banco atrás de outro que parecia ter participado de uma orgia de porcos e gambás.

01 maio, 2005

Rock´n´Roll can never die

Acabo de chegar de uma festa que seria uma versão de outra muito conhecida em São Paulo, a Trash 80´s. No inicio, muisquinhas internacionais bem bacanas dos anos 80, mas estava tudo um pouco desanimado, lá pelas tantas começou a tocar uma bandinha, na primeira música que não me recordo qual, só conseguiamos ouvir a voz do vocalista, os instrumentos não deviam estar bem sintonizados ou alguma coisa do tipo, muita reclamação de algumas pessoas na platéia, que pelo jeito eram experts em sonorização, pois gentilmente gritavam milhares de sugestões para o vocalista sem se esquecerem de chamá-lo carinhosamente de "animal", isso quando no final de cada sugestão não gritavam palavras de incentivo que rimam com jambú e baralho. Duas músicas depois parecia estar tudo ok com o som, mas para a minha surpresa, durante o intervalo entre as músicas, as mesmas pessoas que dançavam e cantavam enquanto a banda tocava, misteriosamente sofriam algum tipo de mutação de personalidade e faziam súplicas para que a banda fosse embora ou apontavam os polegares para baixo.
Tá certo que a banda Los Canalhas não foi a mais afinada que eu já ouvi na vida, foi até bem ruinzinha pra dizer a verdade, mas pô, o que se esperar de um som em uma festa chamada Trash 80´s? Se achou ruim, vai pra boate ou rave mais próxima e se divirta.
Eu sei que me diverti muito ouvindo clássicos do Rock dos anos 80 somados a músicas de programas que marcaram minha infância, como O Carimbador Maluco, Superfantástico e Pular Corda.
Lá pelas três da manhã Los Canalhas foram embora e entrou um DJ com um repertório que acredito ser o que está rolando atualmente nas boates, foi a deixa pra todos os insatisfeitos pularem e dançarem ensandecidamente e também para eu perceber que já estava na hora de voltar para casa.
Longa vida ao Rock´n´Roll e a todos os canalhas que não o deixam morrer.

Esclarecimento sobre as Lendas Amazônicas

Não, eu não sou um louco que sai pelas ruas perguntando às pessoas o que elas sabem de Lendas Amazônicas, essas duas histórias (Matinta Perera e Curupira) que eu publiquei aqui no blog são trechos de entrevistas que eu venho fazendo para a elaboração do meu TCC que apresentarei no final do ano.
Desde que me entendo por gente sou fascinado por esses seres encantados que povoam o imaginário (as vezes nem tão imaginário assim) amazônico, e são histórias e causos tão interessantes e tão ricos em detalhes que acho uma pena não serem mais explorados e conhecidos pelo Brasil inteiro.
Depois da minha formatura um dos milhares de projetos que tenho é, de alguma forma, tentar chamar a atenção para estas lendas que temos por aqui, pois percebo que, não somente no resto do Brasil, mas nem mesmo as pessoas da nossa região tem a noção das riquezas presentes em nossa cultura.