25 setembro, 2007

Manipulação

Uma mulher de idade entre 20 e 25 anos entra em uma farmácia, na fachada se lê: Farmácia de Manipulação.

Mulher: Bom dia, eu gostaria de mandar fazer essa pomada, por favor. – Diz ela entregando a receita ao atendente.
Atendente: Certo, certo... E o que a senhora vai fazer? – Ele responde olhando rapidamente a folha de papel.
Mulher: Como assim?
Atendente: Eu vou mandar fazer a pomada da senhora, e a senhora não vai fazer nada em troca?
Mulher: Em troca? Mas eu vou pagar, meu filho!
Atendente: Ah... Isso não basta não. A senhora não sabe o trabalho que dá fazer um troço desses.
Mulher: Olha, escuta... Essa é uma receita de pomada pra acne, tá vendo essa espinha aqui na minha testa? Sexta-feira eu tenho um encontro e ela tem que ter sumido!
Atendente: Eu entendo perfeitamente o seu problema, mas a senhora tem que se pôr no meu lugar também, né?
Mulher: Mas você está querendo me manipular!
Atendente: A senhora não leu a placa na entrada não? Tá escrito “Farmácia de Manipulação”, tava esperando o que?
Mulher: Isso é um absurdo!
Atendente: Mas é isso aí, vai fazer ou não?
Mulher: Fazer o que? Claro que não!
Atendente: A senhora conhece a Ivete Sangalo?
Mulher: Se eu conheço... Claro que conheço, o que é que tem a Ivete Sangalo?
Atendente: Pois é, eu quero que a senhora vá daqui até o outro lado da rua só de calcinha e sutiã cantando aquela música da poeira.
Mulher: Eu quero falar com o gerente!
Atendente: Só um minuto.

O atendente entra por uma porta e volta em poucos segundos com o gerente lhe acompanhando.

Gerente: Pois não?
Mulher: O seu funcionário deve estar com algum problema, eu vim aqui encomendar uma pomada e ele quer que eu fique nua!
Atendente: Nua não minha senhora, isso aqui é um estabelecimento de respeito, eu pedi que a senhora atravessasse a rua de calcinha e sutiã cantando a música da poeira.
Mulher: Eu não vou cantar merda de música nenhuma!
Gerente: Minha senhora, isso aqui é uma farmácia de manipulação, a senhora não precisa da pomada?
Mulher: Preciso.
Gerente: Então vai ter que atravessar a rua de calcinha e sutiã cantando a música da poeira.

A mulher não acredita no que está ouvindo, só pode ser uma pegadinha, olha pra cara do atendente e do gerente, os dois estão muito sérios, ela não conhece outra farmácia, pensa no encontro de sexta-feira, olha pra rua, até que não está muito movimentada, passa exatos cinco minutos em silêncio, e volta a olhar para os dois funcionários da farmácia de manipulação.

Mulher: Tudo bem! Mas eu vou correndo!

06 setembro, 2007

No cabeleireiro

Cabeleireira: Tem alguma preferência?
Eu: É só pra aparar em cima, dos lados e atrás pode cortar bem.

tic tic tic

Cabeleireira: Você trabalha... estuda... ?
Eu: Estudo... comunicação.
Cabeleireira: Deve ser bem comunicativo então... hehehe.
Eu: Demais!

Depois de 20 minutos de total silêncio e muito tic tic tic:

Cabeleireira: Pronto.
Eu: Muito obrigado.